terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mau Conselho



O conselho profissional de Educação Física, Sistema CONFEF-CREFs, criado a partir da Lei nº 9.696/98, vai debutar no próximo domingo, 1/9, completando 15 anos de existência. Há o que comemorar?

"Multiplicam, em todo Brasil, as ações na justiça federal questionando o Sistema CONFEF-CREFs. Numa visão fria, distante dos dirigentes que fazem de tudo para se perpetuarem no poder, vejo a revolta dos Profs. de Educação Física, dirigida à falta de políticas e atitudes que venham de encontro às necessidades da grande massa - os trabalhadores, professores que labutam dia após dia em jornadas de 12, 15 horas diárias"

A denúncia bem que podia ser de alguém contrário à regulamentação, mas é assinada pelo professor Ernani Contursi, um dos fundadores do Sistema e primeiro presidente do CREF 1.

Segundo o último Censo da Educação Superior divulgado, são 1.058 os cursos de Educação Física no país, dentre os quais, 663 licenciaturas e 395 bacharelados. Foram formados por estes cursos, só em 2011, um total de 22.958 licenciados e 11.499 bacharéis. Será que são muitos?

Já conforme dados do Censo Escolar, em 2012, haviam mais de 2 milhões de professores atuando na educação básica no Brasil, 25% deles, perto de 500 mil, sem ensino superior. Não consegui acessar os números relativos aos professores de Educação Física pelo Censo, mas a Pesquisa do IBOPE encomendada pelo Instituto Ayrton Senna, Instituto Votorantim e Atletas pela Cidadania indica que entre 17 e 22% deles não são formados na área.

Isto quer dizer que as aulas de Educação Física na escola, em grande medida, são dadas por professores com outra formação ou sem formação superior. Mas isto não significa que eles têm de ser presos por exercício ilegal da profissão. A rigor, a despeito das investidas políticas e jurídicas do Sistema CONFEF-CREFs, quem regula o sistema de educação brasileiro é o MEC e nenhum professor tem de ter registro profissional, mas sim o reconhecimento do diploma. Esses professores sem formação específica necessitam é de políticas públicas que garantam seu acesso e permanência no ensino superior.

Quando lhe são oferecidas as condições, é o que buscam, formar-se. Como revela o Censo Escolar, do total de professores de Educação Física atuando na escola sem diploma, 15.775 estavam cursando a licenciatura na área.

Sim, os licenciados tem onde trabalhar, o país precisa de mais professores. Mas e fora da escola, o que acontece? 

O CONFEF vem restringindo o campo de atuação de licenciados, postura questionada na justiça pelo Ministério Público Federal. Para o Conselho, a atuação em academias de ginástica, personal trainner, clubes esportivos, hospitais, spas, hotéis etc é permitida somente ao bacharel.

De todo modo, independente da judicialização em questão, afora o chão da escola, o maior mercado que tem se apresentado e atraído os egressos dos cursos de Educação Física é o setor de academias e do fitness.

Segundo a ACAD, o número de academias no Brasil passou de 4 mil em 2000 para mais de 22 mil em 2012. Hoje, o setor do fitness atende mais de seis milhões de pessoas, movimentando economicamente US$ 2,3 bilhões.

Como o mercado cresce, supostamente, crescem também as oportunidades de emprego. Há um gap muito grande nesta área, gerando grande demanda por profissionais especializados, é o que divulga o Portal da Educação Física.  

Agora, se o professor de Educação Física - sem desconsiderar a luta constante por melhores salários e condições de trabalho - está relativamente bem amparado na escola em termos de garantias trabalhistas e organização sindical,  o que se assiste no mercado do fitness é um avançado processo de estagiarização e precarização. 

A Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2012 acordada entre o peleguismo do SINDECLUBES e os interesses patromais do SINDICAD-RJ expressa bem as condições de trabalho a que estão sujeitos os profissionais que atuam em academias.

A fixação do salário de admissão para mensalistas fixado em R$ 800,00 - abaixo do piso salarial dos professores, em 2012, de R$ 1.451 - e horistas em R 4,00 , por si só, já é aviltante. Mas o acordo permite também a remuneração via gratificação, o regime temporário, parcial ou autônomo e o trabalho em domingos e feriados, sem falar de outras perdas.

O CONFEF, por sua vez, finge de morto. Separa o caracol da sua concha e diz que a discussão em torno do trabalho não é com ele. Cada um no seu quadrado, defende que o papel dos conselhos profissionais é discutir a profissão.

O que dizer então do caso Smart Fit?

Após receber aporte da gestora de investimentos Pátria, seguindo a tendência de centralização e concentração do capital, a já estabelecida rede de academias Bio Ritmo, lançou uma segunda marca, a Smart Fit, com mensalidades a partir de R$ 49,90 reais. Seu diferencial: não fornece o serviço de profissionais para acompanhamento durante a prática de exercícios.

Temendo a concorrência, quem foi para cima da Smart Fit foi o SINDACAD-RJ, denunciando dumping predatório por parte da Rede e inserindo na convenção coletiva de trabalho de 2010 o limite de 50 clientes para supervisão de um profissional de Educação Física. A Smart Fit contra-atacou. Abriu processo junto ao CADE contra o Sindicato das Academias e, ironicamente, quem lhe deu munição foi justamente o CONFEF.

"Note-se que o Conselho jamais editou resolução que estabelecesse uma regra relativa ao número de profissionais de educação física que as academias devem contratar com base no número de clientes. A Resolução 21/2000 determina nesse sentido tão somente que: “as pessoas jurídicas prestadoras de serviços em atividades físicas, esportivas e similares (...) tem o dever legal de assegurar que as prestações desses serviços sejam desenvolvidas de forma ética, sob a responsabilidade de profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Educação Física”. Da leitura, infere-se que o CONFEF exige de uma academia de ginástica apenas a manutenção de ao menos um profissional graduado em educação física como responsável técnico no estabelecimento", assim se pronunciou o Departamento de Defesa Econômica.

Ao mesmo Departamento, o presidente do Conselho afirmou - ver pp. 22-23 - desconhecer estudos científicos sobre a proporção ideal entre o número de alunos e de profissionais de Educação Física e que o CREF 1 realizou fiscalização na Smart Fit, não constatando irregularidade alguma.

Sugiro ao presidente um artigo sobre o tema dos colegas aqui da Faculdade de Educação Física da UnB, Martim Bottaro e Paulo Gentil, bem como a leitura de outros estudos indicados pelo Grupo de Estudos Avançados em Saúde e Exercícios.  

De um lado, o Conselho ameaça prender licenciados, de outro, publicamente solta um tímido alerta de risco a saúde para, na surdina, manifestar-se de modo conivente com a comercialização de serviços de fitness sem orientação profissional. Fala grosso com os fracos e pia fino com os poderosos, essa é sua prática.

Se conselho fosse bom, não se dava, vendia-se, é o que diz o ditado popular. E o CONFEF leva isto ao pé da letra. Para se registrar, o profissional tem que pagar uma anuidade de R$ 380,00 e as academias R$ 950,00. É certo que o pagamento compulsório da anuidade não caracteriza uma relação de compra e venda, mesmo porque, se o fosse, teria muita gente reclamando no PROCON. Mas é este "imposto" que sustenta o Sistema.

Tá lá escondidinha em sua página a prestação de contas de 2011 - esta vai ficar sem link direto para ver se você consegue achar. Sem contar a receita dos CREFs, só o CONFEF arrecadou o valor de R$ 11.543.890,59. Como seu estatuto diz que do total da arrecadação 80% fica com os CREFs e 20% centralizado no CONFEF, presume-se que o Sistema arrecadou naquele ano algo na casa dos R$ 50 milhões de reais.

Como o demonstrativo é pra lá de simplificado, fica impossível analisar o direcionamento dos gastos. Não por acaso, as suspeitas aparecem:

"A proximidade das eleições no CONFEF abriu os cofres para festas e reuniões mensais em paraísos turísticos, principalmente no nordeste. Nos treze anos de existência nunca foi realizada uma reunião de presidentes e conselheiros do CONFEF no nordeste! Em 2012, ano de eleição, já foram quatro!!! Após uma festa aqui, em Foz do Iguaçu, outra festa acolá, em João Pessoa, reuniões mensais com jetons e diárias somadas, e todos apóiam o continuísmo", é o que denuncia mais uma vez o conselheiro dissidente.

É, o ômi não larga o osso. Mumificado no poder desde a criação do Sistema, em 1998, Jorge Steinhilber, presidente do Conselho, foi mais uma vez reeleito em 2012. Quando 2016 chegar, serão 18 anos a frente do CONFEF. 

Tive a curiosidade de checar a realidade de outros Conselhos. Desde o mesmo ano de 1998, passaram pela OAB 6 presidentes. No CFM foram 3, no CONFEA 5 e no CFESS também 6.

O ethos político do Sistema CONFEF-CREFs não combina com o ethos de um conselho profissional, o que se justifica, talvez, por sua origem e ligação com o mundo esportivo. Sim, a Educação Física engravatada está bastante identificada com a cartolagem do esporte. 

Pouco antes de sua reeleição para o quinto mandato a frente do COB, também no ano passado, Nuzman disse:

Sem querer ser arrogante nem melhor ou pior do que ninguém, é preciso lembrar que não havia e não há ninguém tão preparado para esse cargo como eu. Não concordo com o projeto apoiado pelo governo que limita o mandato dos dirigentes esportivos. Certas batalhas levam tempo e demandam experiência para ser vencidas. Não sou insubstituível, mas meu perfil é único."

Não só o presidente, mas boa parte dos conselheiros que dirigem o Sistema CONFEF-CREFs também se acham os caras, únicos, e seguem se perpetuando, sustentando-se por um complexo sistema eleitoral que inibe a criação de oposições e impede a renovação e alternância no poder, alguns deles, já ostentando o nobre título de Conselheiro Honorífico Vitalício do Sistema.

Mas as fissuras e disputas por dentro do próprio sistema já começam a aparecer. É preciso quebrar a maldição da múmia... Talvez seja a hora de construir uma outra tática e estratégia para além do ser contra a regulamentação.

Não às ingerências do Sistema na escola!
Por melhores condições de trabalho para o Profissional!
Por participação, transparência e democracia!
Muda CREFs! Muda CONFEF!

60 comentários:

  1. Parabéns, Fernando! Excelente post, esclarecedor, provocativo....

    Juliana Scarazzatto

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    1. Temos que mobilizar a classe e partir para o confronto, só assim seremos ouvidos.

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    2. Olá Juliana, bom saber que o post ajuda...
      Sim, seu teor é provocativo, mas Reginaldo, pensemos estrategicamente.
      É preciso se mobilizar, no entanto, o "confronto" deve ser organizado desde a batalha das ideias, passando pela disputa jurídica, pela denuncia dos arbítrios e autoritarismos, pela deslegitimação da atual direção do Confef e se seu presidente, a construção de alianças e, mais adiante a ação política mais direta. Isto sem falar na organização do professores do ensino básico que, a rigor, nada tem a ver com o Sistema.
      Abraços, Fernando.

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  2. Muito bom Fernando!
    Daqui a pouco veremos nos jornais os escândalos do Confef e dos Crefs. Sujeira pura, corrupção, coronelismo e democracia pífia.
    Teu texto de forma bastante "irônica", ácida e direta deixa claro a "lama" destas relações e deste interesses.

    Grande abraço!
    Montanha

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    1. Opa Montanha, como o mundo é redondo, sim, o que se faz, tem volta. Também acho que os desmandos da direção Sistema logo vão ter troco, mas isso cobra um empurrãozinho da ação política...
      Abç, Fernando.

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  3. Parabéns pelo texto Fernando.
    Abraço
    Rodrigo Roncato

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    1. Opa Rodrigo, bom saber que você segue o blog, repercutindo-o junto ao CBCE-GO, agente protagonista na defesa da Educação Física e dos professores em Goiás.
      Abç, Fernando.

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  4. Professor! Muito bom o texto...parabéns
    tomei a liberdade e compartilhei

    Abraços Vitor Hungaro

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    1. Olá Vitor, bom saber que esteja repercutindo o texto em SP. Que sirva como arma da crítica a EF paulista.
      Abç, Fernando.

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  5. excelente..excelente...PARABÉNS....ABRAÇOS. Erick/cebola

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  6. Fabuloso, Fernando! Parabéns pela franqueza do texto, o qual tomei a liberdade de divulgar... Um abraço.

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    1. Opa Samir, bom saber que repercutiu o texto... socibilizando a arma da crítica... Abç, Fernando.

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  7. Pois bem chegou a hora da mudança, vamos divulgar amplamente nas redes sociais!
    Chega de aceitarmos tudo calado, afinal nós mesmos é que mantemos o Sistema, somente nós podemos coibi-los de práticas ilícitas!

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    1. Olá Antonio, também acho... não dá para aceitar calado as arbitrariedades da direção do Sistema, é preciso mudança. Abç, Fernando

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  8. Excelente texto. Parabéns pela coragem !

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    1. Obrigado Elder, sigamos em frente... atentos!
      Abç, Fernando.

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  9. Parabéns Fernando pelo texto.

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    1. Opa Tiagão, você sempre presente. Bom saber que é leitor crítico e assíduo do blog. Tá faltando virar seguidor...rs... Valeu!
      Abç, Fernando.

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  10. Excelente texto professor! Foi um "papo reto" acerca de toda a lambança que está acontecendo...

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    1. Oi Letícia, e bota lambança nisto não é? Daí a necessidade de nos mantermos atentos e construir a crítica ou a denúncia quando necessárias... Abç, Fernando.

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  11. Fernando, importante demais a sua contribuição! Além dos dados que indicam a postura contraditória da cúpula do CONFEF/CREF, nos chama atenção para a necessidade de travar a luta por dentro do sistema. Excelente!! Parabéns...

    Jorge Adilson

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    1. Opa Jorge, como disse, talvez seja o momento de repensarmos tática e estratégica. Lutar por dentro, cabe aqueles que atuam em academias, clubes e outros serviços ligados as práticas corporais, i.é., aos que devem se registrar junto ao Sistema. Aos professores de EF que atual no ensino básico, registro só por opção. Sua luta deve ser junta aos demais trabalhadores da educação. O que acho é que não dá mais para negar a regulamentação, o que queremos é a mudança de sua direção, a mudança no padrão de relacionamento que o Sistema estabelece tanto com os profissionais como professores. Mas esta luta é e deve ser, principalmente - e não exclusivamente - uma luta dos profissionais registrados. Seguimos conversando...
      Abço, Fernando.

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  12. Nossa, não estamos nosso só...grupo: https://www.facebook.com/groups/401548979900138/ esse é o nosso grupo aqui no Ceará (Cref05). Parabéns pelos texto!! Concordo ipsis linha do que descrito. É a mais pura realidade.

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    1. Olá Juliana, muito bom saber da organização de vocês aí no Ceará... informação, controle e participação... seguimos em frente.
      Abç, Fernando.

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  13. Parabéns pelo texto, professor. Aqui em Alagoas muitos editais de concurso solicitam o registro no sistema para a admissão. Penso que seja uma estratégia deles para aumentar o número de cadastrados.

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    1. Olá Genival, também penso como você. Este tipo de conduta, ou ingerência, tem sido comum por orientação da direção do Sistema. O caminho que outros colegas tem construído em outros estados é recorrer e se articular junto aos sindicatos de trabalhadores em educação.
      Abç, Fernando.

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  14. Excelente o texto muito esclarecedor, parabéns. Tomei a liberdade de compartilhar.

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    1. Olá Roberta, que bom que tenha repercutido o texto. Estimula a reflexão sobre as ingerências e desmandos da direção do Sistema.
      Abç, Fernando

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  15. Muito bom Professor.. Compartilhei seu texto!

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    1. Valeu José Milton, fico feliz em saber que tenha reconhecido importância em divulgar o post. Abç, Fernando

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  16. Falta de respeito principalmente com o profissional. Ta na hora do Brasileiro aprender a votar e escolhe pessoas sérias pra nos representar e isso não foge a regra conosco da Educação Física. Merecemos ser respeitados. Parabéns pelas palavras e esclarecimentos. Parabéns aos colegas pelo nosso dia.

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    1. Opa "anônimo", o problema são as opções de voto quando das eleições do Sistema, uma vez que o estatuto dos Crefs e Confef inibem a renovação e organização de oposições. De todo modo, vc tem razão, atenção e vigilância sempre.... parabéns também a você pelo 1set. E não se esqueça de se identificar em nossos próximos diálogos.
      Abç, Fernando

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  17. Adoreiiiii tudo!!!!
    o que todos sabem mas ninguem tem coragem de falar...
    amei...estou me sentindo aliviada..pois eu achava que só eu tinha essa opinião.

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    1. Olá Andréia, que bom que gostou do post e compartilhamos a mesma leitura. Seguimos dialogando, problematizando o que aí está colocado pelo Sistema e buscando alternativas... Abç, Fernando

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  18. Prof. Marcarenhas,
    Graças a pessoas como vc, ainda bem que podemos enxergar com outros olhos!
    Já repliquei no meu blog também: http://alanqcosta.blogspot.com/
    Abs e Parabéns pelo texto (todos eles!)
    A

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    1. Olá Alan, obrigado por ter repercutido o post em seu blog. Aliás, não o deixe parar... Parabéns!

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  19. Professor Fernando,

    Parabéns!!! Obrigado por ter tido um trabalho intenso de pesquisar os dados. Um ótimo artigo. Aliás, provocador para a movimentação da classe, no sentido de se fortalecerem através de sindicatos, já que a vampirada diz que o espaço não é deles.

    Felicidades!!

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    1. Olá Bartolomeu, o propósito da síntese era esta, reunir dados e provocar reflexões e inquietações diante dos desmandos da direção do Sistema Cref/Confef, ou seja, disponibilizar a arma da crítica a fim de buscarmos alternativas...
      Abç, Fernando

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  20. Parabéns Prof. Fernando pelo texto. penso que chegou a hora de nos unirmso através de redes sociais e de encontros regionais para discutirmos esta causa.
    Sou prof. da rede pública de SP, seguimos um curriculo oficial. Não podemos ser substituídos por prof. de outras areas, não se pode lecionar ainda cursando como em outras ddisciplinas. O que querem msm e recolher este valor sem fazerem nada.
    Organização já.
    Proponho que façamos um encontro para debatermos isso ainda em 2013.
    e que tbm seja divulgado todas as decisões judiciais desfavoráveis a eles.
    Fico no aguardo
    abraços
    PROF. MARCUS SEIXAS

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    1. Olá Marcus, vc tem razão quanto a necessidade da organização e mobilização, inclusive com apoio das redes sociais. Os professores de SP já estão fazendo isso. Veja; https://www.facebook.com/groups/144753449046928/
      Ampliemos a participação!
      Abç, Fernando

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  21. Respostas
    1. Valeu David, bom saber que segue acompanhando o blog.
      Abç, Fernando

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  22. Caros,

    Quero parabenizar o professor pelo texto. Infelizmente este meu posicionamento é raro, pois nos últimos anos lamentavelmente meu sentimento e de quase todos os colegas da minha área com relação educação física é de revolta, desprezo, ojeriza e NOJO. Isso para não citar outras palavras que costumo usar para me referir à área, cursos e profissionais de profissionais de educação física como PICARETAS, OPORTUNISTAS, ANTI-ÉTICOS, USURPADORES, dentre outras...

    Tudo isso muito se deve a este conselho ANTI-ÉTICO da educação física, que induz muitos profissionais desta área a FALSIDADE IDEOLÓGICA e os incentivam a ROUBAR e lesar os profissionais de outras áreas.

    Com o fato destas restrições do conselho ao licenciado em educação física, muitos profissionais e cursos de educação física estão tentando ampliar sua área de atuação ROUBANDO as competências de outras áreas profissionais praticando ESTELIONATO ACADEMICO. Tentam se passar de forma enganosa por professores de outra área.

    Lamentavelmente a minha área que é a área de Artes vem sendo vítima de vários destes cursos anti-éticos e profissionais oportunistas de educação física.

    Lembro que Artes e Educação física são áreas autônomas e distintas do conhecimento humano com formações independentes e objetivos de intervenção totalmente diferentes

    Profissional de Educação Física NÃO é professor ou profissional de Artes e espetáculos ou de qualquer tipo de atividade artística e não tem legitimidade para atuar como tal.

    Porém de forma enganosa vários profissionais e cursos de educação física vem tentando USURPAR (roubar) as competências acadêmico profissionais da área de Artes, vinculando e transferindo-as ILEGALMENTE para a área da educação física. Numa prática que costumo chamar de ESTELIONATO ACADÊMICO. Uma conduta de interesses político mercadológicos para beneficiar a área da educação física às custas do prejuízo e descredibilização da formação acadêmica na área de Artes. Isso é uma vergonha e suja o nome da área e dos profissionais éticos de Educação Física.

    Esclareço que pela legislação educacional e profissional, no âmbito acadêmico os cursos que formam profissionais e professores da área de Artes são as graduações e pósgraduações em Artes Visuais, Dança, Teatro, Música e Artes Audiovisuais.

    Tenho um dossiê com vários cursos e profissionais picaretas de educação física que vergonhosamente vem tentando ROUBAR a área de Artes, até dentro de universidade públicas. Vagas de emprego, verbas, infraestruturas, e outros incentivos financeiros governamentais da área de Artes estão sendo desviados e roubados para beneficiar profissionais e cursos de Educação física.

    A pior coisa para uma área profissional é ser taxada de ANTI-ÉTICA e picareta, é ter que se esconder por saber que está errada.

    Quero deixar bem claro que respeito e tenho vários amigos éticos da área da educação física. E minhas palavras não são extensivas a todos os profissionais desta área, pois sei (e ainda bem) que a grande maioria dos profissionais de educação física são éticos e não compactuam com a conduta anti-éticas de seus colegas. Penso que a educação física não precisa aparecer e se auto-promover de forma enganosa roubando as competências e desrespeitando os profissionais de outra área totalmente diferente. A área da educação física é importantíssima para toda a sociedade apenas é diferente da área de Artes.

    Se a área e os profissionais de educação física querem ser respeitados, deveriam ser mais éticos e respeitar outras categorias e profissionais. E não deixar o nome de toda uma área ser jogado na lama por causa da conduta de pessoas oportunistas e antiéticas desta área.


    Mônica Mesquita
    Professora de Teatro, Cinema e Expressão Corporal
    Graduada em Artes Teatro
    Pós graduada em Dança e Consciência Corporal
    Pós graduada em Cinema e Linguagem Audiovisual

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  23. Olá Mônica,

    Seu relato e desabafo só confirma os desmandos da direção do Sistema Cref/Confef, a vocação de vários de seus conselheiros ao conservadorismo, o que traz implicações para a interlocução da Educação Física não só com a dança e com as artes, mas também com a fisioterapia, com as artes marciais, com a yoga etc. Bem sabemos o quão a Educação Física é inter-multi-transdisciplinar, necessitando abrir-se para vários outros saberes e práticas, sem arrogar para si a posse exclusiva de todo o universo cultural que envolve as práticas corporais. Sigamos dialogando...
    Abç, Fernando.

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  24. Grande Fernando,
    Escrevi um breve desabafo sobre os sistema CREF/CONFEF e colocaram a ligação para o seu texto! Parabéns!! Vou compartilha-lo e recomendar a todos os meus alunos e leitores que façam o mesmo!

    Um abraço.

    Paulo Gentil

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    1. Opa Paulo, vi seu desabafo... estamos juntos nessa companheiro!
      Seguimos em frente buscando qualificar a intervenção profissional da EF...
      Grde abraço, Fernando

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  25. Caro, professor. Um texto muito bem elaborado e com fortíssimos argumentos! Parabéns! Fera!
    Um abraço, Marcos Paulo.

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    1. Olá Marcos, vou considerar sua avaliação como a avaliação de um literato...rs... Isto para dizer que seu olhar positivo sobre o texto, crítico e atento, só me traz estímulo. Obrigado!

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  26. Parabéns ! baseado em dados pesquisados e em fatos que poucos tem conhecimento,colocar em um texto todos os questionamentos da área,apresentou os problemas , mostrou os motivos pelos quais acontece e sugestionou as soluções! Cabe a nós não só refletirmos se estamos desempenhando nosso papel de educador que é de fazer nosso educando a pensar e questionar mas também se estamos praticando aquilo que ensinamos! Os questionamentos apresentados são fatos e contra fatos não existe argumentos! Abraços! foi uma excelente aula.

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    1. Olá Rogério, a crítica é mesmo um instrumento poderoso no sentido da problematização e reflexão. E este Conselho que esta aí, tendo em vista sua direção autoritária e suspeita, merece mesmo nossa crítica. Por um outro Conselho, seguimos conversando e nos mobilizando...
      Abç, Fernando.

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  27. Muito bom o texto, parabéns! Partilho de suas idéias e as divulgarei!!
    Abs
    Ari Rodrigo

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  28. Opa Ari, é bom que turma daqueles que querem mudanças no sistema CREF cada vez aumenta mais!
    Abç, Fernando.

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  29. Respostas
    1. Guilherme, a novidade a história e a ação política se incumbirão de produzir... Muda CREFs! Muda CONFEF!

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  30. Muda Educação Física #Mudaedf

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  31. Ótimo texto professor!! Vou compartilha-lo também com professores que trabalham fora da escola. Acredito que a crítica apresentado posso gerar uma reflexão positiva nesses professores que mais sofrem com esse politica retrógrada do sistema CREF/CONFEF. abraço!!

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  32. Muito obrigada pelo texto esclarecedor, professor! É de pessoas lúcidas como o senhor que a Educação Física precisa. É por argumentos como os apresentados que me fortaleço na escolha em não compactuar com esse sistema.

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